A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, um reajuste salarial para servidores municipais de 2,60% em maio deste ano e 2,55% em maio de 2026, totalizando 5,15% no acumulado. A proposta, que ficou abaixo da inflação medida pelo IPCA (5,65% no último ano), foi aprovada com 34 votos a favor e 17 contra, em meio a protestos de professores e servidores em greve. Os manifestantes exigiam um aumento que superasse a inflação e a incorporação de benefícios anteriores.
A sessão foi marcada por tensões, incluindo acusações de racismo contra uma vereadora após declarações polêmicas, que mais tarde pediu desculpas publicamente. Houve ainda um embate físico entre parlamentares durante a discussão. Os sindicatos criticaram a proposta, alegando que ela não atende às demandas da categoria, e prometeram definir novos passos após assembleias com os trabalhadores.
O projeto prevê também um reajuste de 6,27% para o piso salarial dos professores com ensino médio, mas os servidores reivindicam um aumento de 44% para a educação, além da revogação de medidas previdenciárias. A prefeitura manteve a proposta inicial, rejeitando contrapropostas apresentadas durante audiências de conciliação. A greve dos servidores deve continuar, com novas mobilizações previstas nas próximas semanas.