O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, por 13 votos a 5, o pedido de cassação de um deputado, gerando reações acaloradas. Parlamentares do Psol e do PT anunciaram obstrução às votações em protesto, classificando a decisão como um ataque à esquerda e à democracia. A situação ganhou maior tensão com o anúncio de greve de fome do deputado em questão, acompanhado por uma colega de partido, elevando o clima de crise institucional.
A condução do processo foi criticada por líderes partidários, que questionaram o horário incomum do início da Ordem do Dia, associando-o à votação da cassação. Enquanto alguns defendem que a medida é necessária para preservar a ética no Legislativo, outros argumentam que há motivações políticas por trás da decisão. A líder do Psol afirmou que o caso representa um ataque ao Parlamento, enquanto opositores acusaram a obstrução de prejudicar pautas de interesse público, como um projeto de lei sobre saúde mental para idosos.
O impasse coloca a Câmara em uma situação delicada, com debates acirrados sobre a legitimidade do processo e seus desdobramentos. A crise reflete divisões políticas mais profundas, com repercussões que podem influenciar os rumos das próximas votações e a dinâmica interna da Casa. Enquanto isso, a busca por uma solução negociada permanece incerta, com ambos os lados mantendo posições firmes.