A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, o reajuste salarial dos servidores municipais, com 34 votos a favor e 17 contra. A proposta prevê aumentos de 2,60% em maio deste ano e 2,55% em maio de 2025, totalizando 5,15% no acumulado. O valor, no entanto, está abaixo da inflação do período (5,65%) e das reivindicações dos servidores, que estão em greve há semanas, exigindo um reajuste de 44% e a incorporação de benefícios complementares.
A sessão foi marcada por tensões, incluindo protestos de sindicalistas nas galerias e um debate acalorado entre vereadores. Durante as discussões, uma parlamentar foi acusada de racismo após fazer comentários sobre sua própria aparência e posição social, o que gerou críticas e interrupções. Ela posteriormente pediu desculpas, afirmando que não houve intenção de ofender. Outro conflito ocorreu quando um vereador tentou retirar um cartaz de manifestação das mãos de um colega durante a sessão.
Os servidores municipais, incluindo professores, continuam em greve e prometem definir os próximos passos após a aprovação do projeto. Eles argumentam que o reajuste aprovado não repõe as perdas inflacionárias e não atende às demandas por melhores condições salariais. Enquanto isso, a prefeitura mantém a proposta original, rejeitando contrapropostas apresentadas pelos sindicatos durante audiências de conciliação.