A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em primeiro turno um projeto que concede reajuste salarial de 2,6% aos servidores públicos municipais, com votação marcada por protestos e manobras regimentais. O texto, enviado pelo Executivo em abril, prevê ainda um aumento de 2,55% em 2026, valores abaixo da inflação acumulada de 5,16% no município. A proposta ainda precisa passar por um segundo turno de votação, previsto para a próxima terça-feira (29), após audiência pública convocada por um vereador.
A sessão foi tensa, com servidores protestando em frente à Câmara por um reajuste maior, de 12,9%, enquanto a oposição criticou o valor aprovado por considerá-lo defasado. Durante os debates, houve confrontos entre parlamentares, com interrupções e insultos, levando a chamados por ordem na tribuna. A base governista defendeu o reajuste como justo, citando aumentos anteriores para categorias como professores, enquanto a oposição anunciou que apresentará um substitutivo com índice maior na próxima semana.
Além do reajuste salarial, emendas que propunham ajustes únicos para vales-alimentação e refeição foram rejeitadas. O clima conturbado refletiu a insatisfação tanto dos servidores quanto de parte dos vereadores, que questionaram a discrepância entre os reajustes concedidos a diferentes categorias do funcionalismo público. O projeto segue agora para sanção do prefeito, após a conclusão do processo legislativo.