A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segundo turno, um reajuste salarial de 2,60% para servidores municipais em 2024, com outro aumento de 2,55% previsto para 2025. A sessão foi marcada por tensões, incluindo vaias de manifestantes que exigiam um ajuste acima da inflação, atualmente em 5,65%. Enquanto isso, vereadores discutiram propostas e enfrentaram embates, como o caso de um parlamentar que tentou retirar um cartaz de protesto das mãos de outro durante a votação.
A polêmica mais acalorada, porém, girou em torno de uma declaração considerada racista por parte de uma vereadora, que afirmou ser “uma mulher branca, bonita e rica” ao rebater vaias. Colegas criticaram a fala como expressão de superioridade branca, levando a uma representação na Corregedoria da Casa. A parlamentar envolvida se desculpou publicamente, alegando que não houve intenção de ofender, mas o episódio reacendeu o debate sobre racismo estrutural no ambiente político.
Enquanto isso, sindicatos avaliam os próximos passos após a aprovação do reajuste, que ficou abaixo das demandas iniciais dos servidores, especialmente professores, que pediam aumentos de até 44%. A proposta aprovada também inclui ajustes no piso docente e abonos, mas insatisfações persistem, indicando que o conflito entre trabalhadores e governo municipal deve continuar.