A Câmara de Campinas (SP) adiou, pela terceira vez, a votação de projetos que propõem aumentar os subsídios de presidentes e diretores de fundações e autarquias municipais. Os textos foram retirados da pauta para adequação ao rito correto, já que deveriam ser tratados como Projetos de Lei Complementar, e não como Leis Ordinárias. Não há data definida para nova votação, mas a expectativa é que ocorra nas próximas semanas.
Os projetos buscam equiparar os subsídios de R$ 23,2 mil atuais a R$ 37 mil, valor equivalente ao recebido por prefeito, vice e secretários municipais em 2025. A justificativa é manter a coerência histórica da estrutura remuneratória, já que esses cargos tradicionalmente seguem o mesmo padrão. Os textos destacam a necessidade de equidade, reconhecendo a importância e as responsabilidades das funções de alto escalão.
O reajuste segue o mesmo índice aplicado ao subsídio do prefeito em 2023, que corrigiu valores pelo IPCA desde 2016, com projeção até 2028. A Câmara argumenta que o aumento do teto não significa elevar salários imediatamente, mas sim permitir ajustes futuros por inflação ou horas extras. Campinas atualmente tem um dos menores tetos entre cidades de perfil semelhante, como São Bernardo do Campo e Guarulhos.