A Câmara Municipal de Belo Horizonte promulgou uma lei que institui um auxílio-alimentação de R$ 2.374 para vereadores, valor que não existia anteriormente. Além disso, os servidores da Casa receberão um aumento de 10% em seus salários e um reajuste no vale-alimentação, que passará de R$ 1.250 para R$ 2.3 mil mensais, um incremento de 89,9%. A lei, aprovada em março com 37 votos a favor e apenas três contra, entra em vigor imediatamente, com os primeiros pagamentos previstos para o próximo dia 1.º.
O impacto orçamentário da medida será significativo: R$ 32,7 milhões em 2025, R$ 50,6 milhões em 2026 e R$ 62,7 milhões em 2027, totalizando R$ 146 milhões em três anos. O projeto justifica o reajuste como uma forma de valorizar o trabalho dos servidores e compensar os efeitos da inflação e do custo de vida em Belo Horizonte, alinhando-se a práticas de outros órgãos públicos mineiros, como o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa.
Vereadores não terão aumento salarial, mantendo seus vencimentos em R$ 18.402,02 mensais. A proposta destaca que a mudança visa reconhecer a importância do trabalho legislativo e dos servidores, além de adequar os benefícios aos padrões de outras instituições de referência no estado. A decisão gerou debate, com a oposição de três vereadores, que votaram contra a medida.