O presidente da Câmara dos Deputados fez um discurso nesta terça-feira, 1º, defendendo equilíbrio e desprendimento político diante das crescentes pressões por parte de apoiadores de um ex-presidente para anistiar os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Ele destacou a necessidade de pragmatismo e responsabilidade, afirmando que o momento exige altivez, mas sem “falsos heroísmos”. Enquanto isso, a Câmara reagia a medidas comerciais impostas pelos Estados Unidos, mostrando a complexidade da agenda legislativa atual.
A discussão sobre a anistia divide os líderes partidários, com alguns argumentando que o tema não deve ser priorizado agora. Um partido da oposição ameaçou iniciar uma obstrução caso a proposta não fosse incluída na pauta, o que levou ao cancelamento de uma sessão importante na Comissão de Constituição e Justiça. Paralelamente, outra comissão aprovou a criação de um grupo especial para tratar exclusivamente de questões relacionadas ao 8 de janeiro, sinalizando a intensificação do debate.
O cenário político permanece tenso, com reuniões estratégicas entre líderes da oposição e pressões para acelerar ou frear a pauta da anistia. A obstrução anunciada pode impactar o ritmo de outras votações, enquanto o Legislativo busca conciliar demandas conflitantes. O discurso do presidente da Câmara reflete a tentativa de manter a ordem institucional, mas o desfecho ainda depende de negociações entre as bancadas.
