A Câmara Municipal de Campinas (SP) adiou para quarta-feira (16) a votação de dois projetos de lei que propõem aumentar os subsídios de presidentes e diretores de fundações e autarquias locais. Os textos, que prevêem um valor de R$ 37.082,36 para cargos como os da Rede Mário Gatti e da Setec, buscam equiparar os salários aos recebidos pelo prefeito, vice-prefeito e secretários municipais em 2025. A justificativa é manter a coerência histórica da estrutura remuneratória, já que atualmente os cargos de alto escalão recebem R$ 23.246,08, valor considerado abaixo do praticado em cidades de perfil similar.
Na mesma sessão, foram aprovados sete projetos, incluindo a autorização para contratação de um plano de medicamentos para servidores públicos e a revogação de uma lei que vinculava o secretário municipal de Habitação à presidência da Cohab. Além disso, cinco vias públicas da cidade receberam novos nomes em homenagem a personalidades locais. O veto à doação de materiais inservíveis para associações de bairro também foi mantido.
O reajuste salarial para o alto escalão do município foi aprovado em novembro de 2023, com correção pelo IPCA desde 2016 e projeção até 2028, resultando em um aumento de 59,2% no subsídio do prefeito. A Câmara destacou que a medida visa ajustar o teto salarial para permitir que servidores acompanhem a inflação e assumam cargos de chefia, sem necessariamente aumentar salários imediatamente. Campinas atualmente tem um teto menor que cidades como São Bernardo do Campo e Sorocaba, que ainda passarão por revisões nos próximos anos.