O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua posição contra a polarização global, declarando que o Brasil não deseja ser envolvido em uma nova Guerra Fria nem escolher entre os Estados Unidos e a China. Durante encontro com o presidente chileno Gabriel Boric, Lula destacou a importância do multilateralismo e do livre comércio, defendendo o direito do país de manter relações comerciais e diplomáticas com todas as nações. “Eu quero negociar com todo mundo, vender e comprar, fazer parcerias”, afirmou.
O discurso ocorre em um contexto de crescentes tensões comerciais, marcado pela imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos a diversos países, incluindo o Brasil e a China. Lula ressaltou o papel do Brasil como um ator estratégico na América Latina, capaz de promover diálogo e cooperação sem alinhamentos obrigatórios. Sua fala reflete uma postura pragmática, focada em benefícios econômicos e na autonomia diplomática.
A declaração reforça a posição histórica do Brasil como defensor do equilíbrio nas relações internacionais, evitando conflitos ideológicos que possam limitar suas oportunidades comerciais. Ao mesmo tempo, sinaliza uma busca por maior influência regional, alinhada a uma agenda de integração e desenvolvimento. A abordagem de Lula contrasta com medidas protecionistas adotadas por outras potências, destacando uma visão alternativa para o cenário global.