A indústria brasileira demonstrou preocupação com o anúncio de tarifas adicionais de 10% sobre produtos exportados para os Estados Unidos, medida imposta pelo governo norte-americano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que analisará os impactos das novas barreiras comerciais e intensificará o diálogo com autoridades e empresários dos EUA para minimizar os efeitos negativos. O presidente da CNI destacou a importância do mercado americano, principal destino das exportações brasileiras, e reforçou a necessidade de buscar soluções para evitar desequilíbrios na relação bilateral.
Para enfrentar o desafio, a CNI organizará uma missão empresarial aos Estados Unidos em maio, com o objetivo de discutir formas de facilitar o comércio e reduzir medidas protecionistas. A instituição ressaltou que o Brasil mantém um superávit comercial a favor dos EUA, com tarifas médias abaixo da média global, e alertou que as novas taxas podem prejudicar uma relação historicamente vantajosa para ambos os países. Entre os produtos mais afetados estão aviões, aço semimanufaturado, madeira, suco de laranja e café.
A medida americana ocorre em um momento sensível para o comércio internacional, com reflexos diretos na geração de empregos e na produção nacional. A CNI defende que o diálogo estratégico é essencial para preservar a cooperação econômica entre os dois países, evitando impactos negativos em setores-chave da economia brasileira. A missão empresarial representa um esforço para fortalecer as relações e encontrar alternativas que beneficiem ambas as partes.