De acordo com dados do Banco Central, os brasileiros estão investindo entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões por mês em apostas esportivas, com um total de até R$ 30 bilhões apenas em março. Esses números, mais precisos devido a uma nova legislação que permite maior monitoramento dos fluxos financeiros, revisaram estimativas anteriores de 2024, que apontavam gastos mensais de cerca de R$ 20 bilhões. O secretário-executivo da instituição destacou que a taxa de retorno aos apostadores, antes calculada em 85%, foi reavaliada para 93%, indicando que a maior parte dos valores apostados retorna em forma de prêmios.
O presidente do Banco Central afirmou que a instituição está analisando como o crescimento desse mercado pode afetar a estabilidade financeira do país. Algumas instituições já observaram correlações entre o hábito de apostar e o risco de crédito, levantando preocupações sobre possíveis impactos na política monetária. Durante estudos preparatórios para reuniões do Copom, chamou a atenção o desvio de parte da renda familiar, que não está sendo direcionada nem para consumo nem para poupança, mas sim para plataformas de apostas.
O cenário atual sugere que a popularidade das apostas pode ter implicações econômicas mais amplas, com fluxos financeiros significativos direcionados a esse setor. O Banco Central continua coletando dados para entender melhor a evolução desse comportamento e seus possíveis efeitos na economia. A reportagem destaca a necessidade de acompanhamento rigoroso para evitar desequilíbrios, mantendo um olhar neutro sobre as tendências do mercado.