O Brasil é o primeiro país a adotar oficialmente a cultura oceânica como parte do currículo escolar nacional, por meio do Protocolo de Intenções assinado com a Unesco. A decisão, anunciada durante o Fórum Internacional Currículo Azul em Brasília, consolida uma série de iniciativas já em andamento, como o Programa Escola Azul e a Olimpíada do Oceano. A ministra da Ciência e Tecnologia destacou que a medida reforça a soberania e a visão estratégica do país, preparando-o para os desafios climáticos e de desenvolvimento sustentável do século 21.
Representantes da Unesco elogiaram o protagonismo brasileiro, afirmando que o Currículo Azul transforma conhecimento científico em políticas públicas concretas, com participação de educadores e comunidades. O projeto surgiu de consultas realizadas em todas as regiões do país durante a Década do Oceano, onde a inclusão do tema na educação foi apontada como prioridade. Para especialistas, a iniciativa reflete a conexão histórica do Brasil com o mar e fortalece a formação de cidadãos conscientes sobre sua importância global.
O Fórum Currículo Azul promoveu debates sobre a relação entre ciência, educação e políticas públicas, enfatizando a necessidade de uma sociedade resiliente diante das mudanças climáticas. O evento destacou como diferentes áreas do conhecimento podem contribuir para a preservação dos oceanos, abordando temas como economia azul, segurança alimentar e diversidade. A mensagem central reforça que um oceano saudável é essencial para o futuro sustentável do planeta.