O Brasil é o primeiro país a adotar oficialmente a cultura oceânica como parte do currículo escolar nacional, por meio do Protocolo de Intenções assinado durante o Fórum Internacional Currículo Azul. A iniciativa, apoiada pela Unesco, consolida ações como o Programa Escola Azul, que promove a educação sobre os oceanos por meio de clubes de ciência, formação de jovens embaixadores e expansão de olimpíadas temáticas. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação destacou que a medida reflete uma visão estratégica, alinhando o país aos desafios climáticos e de biodiversidade do século 21.
Representantes da Unesco elogiaram o protagonismo brasileiro, ressaltando que a educação é fundamental para construir um futuro sustentável. O Currículo Azul foi desenvolvido com base em consultas públicas realizadas em todas as regiões do país, onde a inclusão do tema foi apontada como prioridade. Francesca Santoro, da Unesco, destacou que o Brasil se tornou referência global ao transformar conhecimento científico em políticas públicas participativas, essência da Década do Oceano.
O Fórum Currículo Azul reforçou a importância de integrar ciência, educação e políticas públicas para enfrentar desafios como segurança alimentar, economia azul e resiliência climática. O evento destacou que todas as áreas do conhecimento podem contribuir para a conscientização sobre a preservação dos oceanos. A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente o ODS 14 – Vida na água, reforçando o compromisso do Brasil com a sustentabilidade global.