Nos três primeiros meses de 2025, as queimadas no Brasil atingiram 912,9 mil hectares, uma redução de 70% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 2,1 milhões de hectares. Desse total, 78% das áreas queimadas eram de vegetação nativa, com formações campestres representando 43%. Roraima foi o estado mais afetado, com 415,7 mil hectares consumidos pelo fogo, seguido por Pará (208,6 mil hectares) e Maranhão (123,8 mil hectares). A sazonalidade climática, como a estação seca em Roraima, foi apontada como um fator determinante para os incêndios.
Apesar da queda geral, o Cerrado apresentou um aumento de 12% na área queimada em relação a 2024, totalizando 91,7 mil hectares e ficando 106% acima da média histórica. A Mata Atlântica e o Pampa também tiveram crescimento nas queimadas, com 7% e 1,4%, respectivamente. Já a Amazônia, embora tenha reduzido em 72% a área atingida, ainda foi o bioma mais afetado em extensão, com 774 mil hectares queimados. O Pantanal e a Caatinga registraram quedas de 86% e 8%, respectivamente.
Em março de 2025, o fogo consumiu 106,6 mil hectares, uma redução de 86% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A Amazônia e o Cerrado concentraram a maior parte das queimadas no período. Especialistas alertam que a próxima estação seca pode reverter a tendência de queda, destacando a necessidade de estratégias específicas para cada bioma. Os dados foram divulgados pelo Monitor do Fogo, do MapBiomas, que utiliza imagens de satélite para mapear cicatrizes de incêndios em todo o país.