O Brasil atingiu uma população carcerária de 909.067 pessoas no segundo semestre de 2024, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Penais (Sisdepen). Divulgados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), os números mostram um crescimento de 6,7% em relação a 2023, quando havia 852.010 indivíduos encarcerados. Do total atual, 674.016 cumprem pena em celas físicas, enquanto 235.051 estão em prisão domiciliar, sendo 122.102 monitorados por tornozeleira eletrônica.
A maioria esmagadora dos presos é do sexo masculino (94,13%), representando 855.714 homens, enquanto as mulheres correspondem a 5,9% do total (53.880). A faixa etária com maior contingente é a de 35 a 45 anos, com 225.627 pessoas. Além disso, apenas 20,24% da população carcerária trabalha, sendo que 43,73% desses não recebem remuneração, atuando apenas para reduzir o tempo de pena.
O levantamento também revela disparidades na remuneração dos presos que trabalham: 37,88% recebem até um salário mínimo, enquanto apenas 103 indivíduos ganham mais de dois salários mínimos. Os dados destacam os desafios do sistema penitenciário brasileiro, que enfrenta crescimento constante na população carcerária e condições heterogêneas de cumprimento de pena.