O Brasil ocupou a última posição no mais recente ranking de competitividade industrial divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 18 países analisados. Os principais fatores que contribuíram para esse resultado foram o ambiente econômico desfavorável, marcado por altos custos de financiamento e um sistema tributário complexo, além de deficiências em desenvolvimento humano e educação. Apesar disso, há expectativa em relação a iniciativas como a Nova Indústria Brasil (NIB), que busca impulsionar o setor por meio de crédito e inovação, embora seus efeitos devam levar anos para serem consolidados.
No aspecto educacional, o país também ficou em último lugar, com baixo desempenho em formação técnica e em ciência e tecnologia, o que impacta diretamente a produtividade e a inovação. Em infraestrutura, o Brasil aparece em 15º, com desafios crônicos em rodovias, ferrovias e portos. Apesar das dificuldades, o estudo destaca resiliência da indústria nacional, que ainda consegue competir em mercados internacionais, além de avanços em ciência e tecnologia, como a capilaridade do Senai e a atuação de universidades federais.
O ranking, liderado por Países Baixos, Estados Unidos e Coreia do Sul, serve como um alerta para a necessidade de reformas estruturais, como a tributária, e investimentos em educação e infraestrutura. Enquanto o país demonstra potencial em áreas como descarbonização, ocupando o 2º lugar nesse subfator, ainda há muito a avançar em economia circular e integração comercial global. A CNI reforça que a competitividade industrial exige políticas de longo prazo e a superação de obstáculos históricos.