O Brasil ocupou a última posição no ranking de competitividade industrial divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que comparou o desempenho de 18 países. O estudo destacou que os principais fatores para o resultado negativo foram ambiente econômico, desenvolvimento humano e trabalho, e educação, áreas em que o país ficou em último lugar. O alto custo de financiamento, a taxa Selic elevada e o ambiente tributário complexo foram apontados como entraves históricos, embora a CNI reconheça avanços potenciais com a Nova Indústria Brasil (NIB) e a reforma tributária.
No aspecto educacional, a baixa adesão ao ensino técnico e a formação insuficiente de profissionais em ciência e tecnologia contribuíram para a má performance. A infraestrutura deficiente, especialmente em rodovias, ferrovias e portos, também pesou na classificação. Apesar disso, o estudo ressaltou resiliência em setores como descarbonização, onde o Brasil ficou em segundo lugar, e em ciência e tecnologia, com instituições como o Senai e a Finep sendo destacadas como pontos positivos.
O ranking, liderado por Países Baixos, Estados Unidos e Coreia do Sul, serve como alerta para a necessidade de políticas de longo prazo que elevem a produtividade e a inovação. A CNI enfatizou que, embora o cenário seja desafiador, medidas como a NIB e a reforma tributária podem trazer melhorias, mas seus efeitos levarão anos para serem consolidados. O presidente da entidade, Ricardo Alban, reforçou a urgência de reduzir o Custo Brasil e recuperar os impactos da pandemia e de crises globais para melhorar a competitividade do país.