O Brasil se mantém como um dos principais exportadores globais de carnes, incluindo bovina, suína e avícola, atingindo 168 mercados. Em 2024, a China emergiu como o maior comprador, com importações de US$ 7 bilhões, seguida por Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, União Europeia e Japão. As vendas externas de carne ocupam a quarta posição na pauta de exportações do país, atrás apenas de soja, petróleo bruto e minério de ferro. Juntos, os cinco maiores importadores somaram cerca de US$ 13,3 bilhões, com o Vietnã se destacando como o quarto maior destino para produtos agropecuários brasileiros.
As negociações para expandir o acesso a mercados exigentes, como o Japão, avançaram após o Brasil obter, em maio de 2024, o status de livre de febre aftosa sem vacinação. O país asiático, que importa 70% de sua carne bovina, propôs a criação de um grupo de trabalho para avaliar as condições sanitárias da produção brasileira. Esse reconhecimento internacional facilita a exportação para nações com exigências rigorosas, como Japão e Coreia do Sul, após décadas de esforços no controle da doença.
Para exportar, as empresas brasileiras devem cumprir requisitos do Ministério da Agricultura, incluindo registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e obtenção do Certificado Zoossanitário Internacional. Atualmente, cerca de 3.200 estabelecimentos estão autorizados a comercializar carne no exterior. O setor segue em expansão, reforçando o papel do Brasil como fornecedor global de proteína animal.