O governo brasileiro concedeu asilo à ex-primeira-dama do Peru com base em critérios humanitários, conforme explicou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A decisão levou em consideração sua frágil condição de saúde, após uma cirurgia recente na coluna vertebral, e a presença de seu filho menor, que estaria desprotegido devido à detenção do marido. O processo seguiu a Convenção de Caracas de 1954, e o Peru emitiu um salvo-conduto para permitir sua saída do país.
Para garantir a segurança da ex-primeira-dama e de seu filho durante a viagem, o Brasil enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), já que não havia opções comerciais disponíveis naquele momento. O ministro ressaltou que a medida foi tomada em concordância com as autoridades peruanas, visando assegurar uma saída rápida e segura. A chegada dela a Brasília ocorreu poucas horas após a confirmação da condenação judicial no Peru.
A decisão gerou repercussão política no Brasil, com parlamentares da oposição cobrando explicações e pedindo investigações. Apesar do desgaste imediato, o governo brasileiro manteve que a ação foi estritamente humanitária, sem envolvimento em questões judiciais do caso peruano. O Itamaraty reforçou que o asilo diplomático foi processado dentro dos protocolos internacionais.