O Brasil registrou uma taxa de desocupação de 7% no primeiro trimestre de 2025, o menor patamar para o período de janeiro a março desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. Embora o índice seja superior ao do trimestre anterior (6,2%), superou o recorde anterior de 2014 (7,2%). A alta em relação ao último trimestre de 2024 é atribuída ao aumento de 13,1% na busca por emprego, com 7,7 milhões de pessoas procurando vagas. No entanto, houve queda de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2024, refletindo um comportamento sazonal típico do início do ano.
Os setores que mais perderam ocupações foram construção (-397 mil), alojamento e alimentação (-190 mil), administração pública e serviços sociais (-297 mil) e serviços domésticos (-241 mil). Apesar da redução de 1,3 milhão de ocupações, o mercado de trabalho manteve estabilidade, com o número de trabalhadores com carteira assinada permanecendo em 39,4 milhões, um recorde. A taxa de informalidade ficou em 38%, a mais baixa desde o terceiro trimestre de 2020, indicando maior formalização.
O rendimento médio mensal dos trabalhadores atingiu R$ 3.410, novo recorde, enquanto a massa de rendimentos ficou em R$ 345 bilhões, próxima do maior valor já registrado. Os dados, ajustados pela inflação, sugerem resiliência do emprego diante de desafios macroeconômicos, como juros altos. A pesquisa do IBGE reforça a sustentabilidade do mercado de trabalho, mesmo com variações sazonais.