Pelo menos 80 pessoas morreram e 150 ficaram feridas em bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o porto petrolífero de Ras Isa, no Iêmen, segundo fontes locais. O ataque, o mais mortal desde o início da campanha militar norte-americana contra os rebeldes huthis há 15 meses, teve como objetivo enfraquecer a infraestrutura econômica do grupo, que controla grande parte do país, incluindo a capital, Saná. Em resposta, os huthis anunciaram o lançamento de mísseis contra Israel e ataques a dois porta-aviões dos EUA na costa iemenita.
Os rebeldes, que iniciaram ofensivas contra embarcações civis e militares em apoio aos palestinos em Gaza, têm perturbado o tráfego marítimo no Canal de Suez, crucial para o comércio global. Manifestações em regiões controladas pelos huthis ecoaram gritos contra os Estados Unidos e Israel, enquanto o Irã, aliado do grupo, condenou os bombardeios como “selvagens” e uma violação da Carta da ONU. O Hamas também classificou o ataque como um “crime de guerra”.
Os Estados Unidos, que classificaram os huthis como organização terrorista em março, impuseram sanções a um banco iemenita acusado de financiar o grupo. Analistas interpretam os recentes ataques como uma mensagem clara ao Irã, que terá um encontro com representantes norte-americanos em Roma para discutir seu programa nuclear. A escalada de violência no Iêmen continua a gerar preocupações sobre um conflito mais amplo na região.