Um extenso apagão atingiu a Espanha, Portugal e partes da França na segunda-feira (28/4), deixando milhões sem eletricidade. Autoridades descartaram um ataque cibernético como causa, mas as razões exatas ainda são desconhecidas. O operador espanhol Red Eléctrica mencionou duas desconexões rápidas no sudoeste da Espanha, região com grande geração de energia solar, mas o primeiro-ministro Pedro Sánchez negou que o blecaute tenha sido causado por excesso de renováveis. Especialistas sugerem que falhas simultâneas podem ter desencadeado um efeito cascata, desestabilizando a frequência da rede elétrica.
A interconexão entre a Espanha e a França também foi afetada, levantando dúvidas sobre a vulnerabilidade da península ibérica, que tem poucas ligações com o resto da Europa. Sánchez destacou que as conexões com França e Marrocos, além de usinas a gás e hidrelétricas, foram essenciais para restabelecer o fornecimento. Inicialmente, circulou a teoria de que um raro evento atmosférico teria causado oscilações nas linhas de alta tensão, mas o operador português REN negou ter emitido tal informação.
Enquanto investigações continuam, o incidente expõe desafios na gestão de redes elétricas modernas, especialmente com a crescente participação de energias renováveis. Especialistas ressaltam que, embora falhas sejam comuns em qualquer sistema, a escala do blecaute surpreende, dada a experiência da Espanha em prever e gerenciar fontes intermitentes. O caso reforça a necessidade de medidas para evitar repetições, garantindo maior resiliência nas redes europeias.