Um apagão elétrico de grandes proporções atingiu a Península Ibérica na segunda-feira (28), causando cancelamentos de voos, interrupções no transporte público e a suspensão de operações de rotina em hospitais na Espanha e em Portugal. As operadoras de rede dos dois países trabalharam para restaurar o serviço, com a Espanha recuperando 99,16% da demanda elétrica até a manhã de terça (29), enquanto Portugal relatou que todas as subestações já estavam reativadas. Autoridades ainda investigam as causas do colapso, com hipóteses variando desde falhas técnicas na conexão com a França até oscilações abruptas de tensão no sistema espanhol.
O impacto foi sentido em larga escala: refinarias de petróleo e redes de varejo fecharam, semáforos pararam de funcionar e trens ficaram paralisados, deixando passageiros presos. Em Madri, moradores enfrentaram prateleiras vazias em supermercados e engarrafamentos devido à falta de sinalização. Enquanto isso, serviços de emergência foram mobilizados, com a Espanha declarando estado de emergência e despachando 30 mil policiais para manter a ordem. Apesar dos rumores de sabotagem, autoridades descartaram, por enquanto, um ataque cibernético.
Interrupções dessa magnitude são raras na Europa, comparáveis apenas a incidentes isolados nas décadas passadas. Enquanto a luz retornava gradualmente às principais cidades, como Lisboa e Barcelona, especialistas alertaram que a normalização completa levaria horas. O episódio levantou questões sobre a resiliência das redes elétricas europeias, com governos prometendo revisões nos sistemas para evitar futuros colapsos.