Os preços do bitcoin e das criptomoedas registraram quedas significativas esta semana, refletindo o temor dos investidores diante da guerra tarifária promovida pelo governo dos EUA. Apesar da volatilidade, o bitcoin demonstrou resiliência comparado às ações de Wall Street, levando o secretário do Tesouro americano a sugerir que a criptomoeda pode rivalizar com o ouro como reserva de valor. Paralelamente, o aumento dos juros da dívida pública dos EUA e a pressão por novas regulamentações trouxeram incertezas ao setor financeiro tradicional e ao mercado de criptoativos.
O Congresso americano debate projetos de lei para regulamentar stablecoins, moedas digitais lastreadas em ativos tradicionais, como o dólar. Enquanto uma proposta permite o pagamento de juros aos detentores dessas criptomoedas, outra busca restringir essa prática. Grandes instituições financeiras, como o Bank of America, já sinalizaram interesse em entrar nesse mercado, impulsionadas pelo sucesso da Tether, que registrou lucros bilionários em 2024. A integração das stablecoins ao sistema financeiro tradicional é vista como um passo importante, mas também gera preocupações sobre riscos sistêmicos.
Especialistas destacam que as stablecoins podem se tornar ferramentas essenciais para transações financeiras, mas a falta de consenso regulatório ainda é um obstáculo. Enquanto alguns defendem que bancos e empresas de criptoativos compartilhem os juros com os consumidores, outros alertam para os perigos de uma adoção desregulada. O desfecho dessas discussões moldará não apenas o futuro das criptomoedas, mas também a relação entre o sistema financeiro tradicional e as inovações digitais.