Um ataque recente de uma onça-pintada a um humano no Pantanal reacendeu debates sobre a convivência entre pessoas e o maior felino das Américas. Especialistas destacam que tais incidentes são raros e geralmente ocorrem em situações excepcionais, como quando o animal está ferido, acuado ou com filhotes. Em condições normais, as onças evitam contato com humanos, preferindo se afastar silenciosamente ao detectar presença humana.
Fatores como desmatamento, queimadas e escassez de presas têm pressionado esses animais a se aproximarem de áreas habitadas, aumentando o risco de conflitos. A bióloga Carol Machado explica que o estresse ambiental pode levar as onças a buscar comida em currais ou trilhas, especialmente se estiverem fragilizadas. No entanto, o instinto natural da espécie é evitar confrontos, a menos que se sintam ameaçadas ou tenham sido condicionadas por alimentação humana ilegal.
Em caso de encontro com uma onça, a recomendação é manter a calma, evitar correr ou encarar o animal diretamente, e recuar lentamente sem movimentos bruscos. A especialista alerta que práticas como alimentar os animais silvestres intencionalmente podem romper barreiras naturais e levar a comportamentos perigosos. A conscientização e o respeito ao habitat são essenciais para reduzir conflitos e preservar a espécie, que já enfrenta riscos de extinção.