Nascido em Buenos Aires em 1936, filho de imigrantes italianos, Jorge Mario Bergoglio tornou-se o primeiro papa jesuíta e o primeiro a adotar o nome Francisco, em homenagem ao santo de Assis. Sua eleição, em 2013, marcou o início de um pontificado voltado para a reforma da Igreja Católica, com ênfase na simplicidade, descentralização do poder e aproximação das pessoas. Optando por viver de forma mais humilde, longe do Palácio Apostólico, ele destacou-se por gestos de acolhimento, como abraços em audiências e atenção aos marginalizados, refletindo sua visão de uma Igreja “mãe fecunda” e misericordiosa.
Ao longo de doze anos, Francisco promoveu mudanças significativas, como a criação de um Conselho de Cardeais e a inclusão de mulheres em cargos estratégicos no Vaticano. Sua liderança foi marcada por discursos sobre fraternidade e pela convocação de uma consulta global para ouvir católicos de todo o mundo. Em suas palavras, a Igreja deveria ser um espaço para todos, inspirada na aliança divina com Abraão e na esperança de salvação para a humanidade.
Hospitalizado em seus últimos dias, o papa recebeu uma onda de orações de fiéis e colaboradores, refletindo o impacto de seu pedido inicial: “Rezem por mim”. Seu legado, agora eternizado, é o de um líder que buscou concretizar o amor e a misericórdia, deixando um marco na história da Igreja como o segundo pontífice mais longevo, atrás apenas de Leão XIII. Seu corpo foi sepultado na Basílica Santa Maria Maior, em Roma, local que guardava especial devoção.