Gina Rinehart, a mulher mais rica da Austrália, está ampliando sua influência no setor de terras raras, elementos essenciais para tecnologias modernas. Por meio de sua holding Hancock Prospecting, ela detém participações significativas em empresas líderes fora da China, como a MP Materials, que opera a única mina ativa de terras raras nos EUA, e a Lynas Rare Earths, que explora depósitos na Austrália e Malásia. Seu portfólio, avaliado em US$ 800 milhões, reflete uma estratégia para reduzir a dependência global do domínio chinês no setor, incluindo investimentos em projetos apoiados pelo governo americano.
A competição com a China, que controla grande parte do mercado, é desafiadora. Rinehart defende a racionalização do setor e já apoiou tentativas de fusão entre empresas para fortalecer a cadeia de suprimentos. Enquanto isso, os EUA aceleram iniciativas para expandir sua capacidade de processamento, como o programa Fast-41, que visa reduzir a vulnerabilidade geopolítica. A Lynas, por exemplo, está construindo uma unidade no Texas com subsídios do Departamento de Defesa americano, destacando a importância estratégica desses minerais para indústrias de defesa e energia limpa.
O cenário global de terras raras permanece incerto, especialmente com as tarifas comerciais impostas pelos EUA. Apesar dos riscos, os investimentos de Rinehart e o apoio governamental a projetos como os da Lynas e MP Materials indicam um movimento crescente para diversificar fontes de abastecimento. Enquanto a China mantém seu domínio, a colaboração entre Austrália, EUA e outros aliados pode redefinir o equilíbrio de poder no mercado nos próximos anos.