Um grupo de grandes bancos privados do Brasil, liderado por um bilionário, está negociando uma solução para evitar a liquidação do Banco Master, que enfrenta dificuldades de liquidez devido a uma dívida de R$ 16 bilhões em CDBs. A estratégia envolve o uso emergencial do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mecanismo que protege investidores em caso de falência. Três cenários estão em análise, incluindo a compra parcial ou integral do Master por outros bancos, com possível apoio do FGC para garantir estabilidade financeira.
Uma reunião extraordinária foi realizada no último sábado, com participação do Banco Central, FGC e CEOs de grandes instituições, para discutir o destino do Banco Master e o possível uso do FGC. Caso a liquidação ocorra, o FGC indenizaria investidores com até R$ 250 mil aplicados em CDBs, mas poderia abalar a confiança no sistema bancário, especialmente em bancos médios. Além disso, há propostas para reformular as regras do FGC, reduzindo limites de captação e aumentando exigências para instituições que emitem CDBs.
Enquanto isso, o BTG Pactual avalia oportunidades na carteira de precatórios do Master, incluindo uma ação bilionária contra a União. Analistas destacam que pequenos investidores não precisam se desesperar, pois o FGC garante seus recursos, embora o prazo de ressarcimento dependa do desfecho das negociações. O caso reforça a necessidade de equilíbrio entre inovação financeira e estabilidade do sistema.