A edição de 2025 da Bienal do Mercosul em Porto Alegre marcou a reabertura de importantes centros culturais da cidade, muitos deles fechados devido às enchentes de maio de 2024. Entre os espaços reinaugurados está o Farol, museu que ficou submerso e passou por onze meses de manutenção, além da Usina do Gasômetro, fechada por sete anos e usada como ponto de resgate durante a tragédia. Com obras de 77 artistas de 30 países espalhadas por 18 locais, o evento traz uma mistura de arte, reconstrução e celebração da resiliência da cidade.
Destaques incluem a escultura sul-coreana que impressiona pelo visual futurista e obras de grande escala que dialogam com a arquitetura dos espaços, como a pintura de um prédio que se tornará legado permanente. A Usina do Gasômetro, que chegou a ter 80 cm de água em seu interior, reabre reformada, simbolizando a superação e a força da arte na reconstrução de identidades e perspectivas após o trauma.
A Bienal não só revitaliza espaços culturais, mas também reforça o orgulho da comunidade local. Como destacado por participantes, a arte serve como um meio de ressignificação, oferecendo novas esperanças e revitalizando a cena cultural de Porto Alegre. O evento consolida-se como um marco de renascimento, unindo criatividade e recuperação em uma cidade que se reergue.