Um bebê indígena da etnia warao, de origem venezuelana, morreu em João Pessoa após ser internado com desnutrição, lesões corporais e infecção generalizada. Segundo o Instituto de Medicina Legal (IML), a necropsia revelou queimaduras, infecções por fungos e sinais de negligência e maus-tratos. A causa da morte foi uma infecção pulmonar que evoluiu para septicemia. Um laudo pericial será enviado à Polícia Civil para avaliar a necessidade de investigação.
O bebê, de um ano e dois meses, vivia em um abrigo para imigrantes e foi levado ao hospital em estado grave. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a criança apresentava atraso vacinal e precisou passar por um procedimento de emergência para receber medicamentos diretamente na medula óssea. Apesar dos esforços médicos, incluindo intubação e transferência para a UTI pediátrica, o bebê não resistiu.
O caso levanta questões sobre as condições de vida e assistência oferecidas a imigrantes vulneráveis. O Serviço Pastoral dos Migrantes, responsável pelo abrigo, afirmou não ter informações sobre os exames e não se manifestou sobre o ocorrido. O corpo foi liberado para a família, que ainda não se pronunciou publicamente. Autoridades locais devem acompanhar os desdobramentos do caso.