O batom emergiu como um símbolo das lideranças de direita em manifestações recentes, especialmente no ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, que pedia anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. O objeto ganhou destaque após ser associado a um episódio ocorrido durante os protestos de 2023, quando uma mulher usou um batom para escrever uma frase em uma escultura em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o ato, a ex-primeira-dama mencionou o batom como uma representação dessa figura, reforçando seu papel simbólico.
A discussão sobre a anistia ganhou ainda mais visibilidade quando um deputado federal comparou o caso da mulher do batom ao de Rosa Parks, ícone dos direitos civis nos Estados Unidos. Essa analogia, no entanto, foi criticada por outros políticos, que argumentaram que o foco da anistia não seria proteger indivíduos comuns, mas figuras políticas de maior relevância. O debate ocorre em meio a julgamentos no STF sobre os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Recentemente, a mulher associada ao episódio do batom foi transferida para prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ela havia sido condenada a 14 anos de prisão e ao pagamento de multas e indenizações. Seu caso tornou-se um ponto de mobilização para apoiadores do projeto de anistia, embora a Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha se posicionado contra sua liberdade total. O tema continua a polarizar opiniões, com manifestações e discursos políticos destacando o batom como um elemento de identidade e resistência.