O Banco Mundial revisou para baixo suas projeções de crescimento econômico para o Brasil em 2025, reduzindo a estimativa de 2,2% para 1,8%. A instituição também ajustou as expectativas para a América Latina e o Caribe como um todo, que agora devem crescer apenas 2,1%, o ritmo mais lento do mundo. Entre os fatores citados para o cenário desfavorável estão o atraso na redução de juros em economias desenvolvidas, as tensões comerciais globais, a desaceleração da China e os cortes em assistência ao desenvolvimento.
A Argentina se destaca com uma revisão positiva, com previsão de crescimento de 5,5% em 2025, após fechar um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI. Já o México pode registrar estagnação, sem crescimento no mesmo período. O Banco Mundial alerta que os países da região precisam adotar reformas e aumentar a produtividade para enfrentar as incertezas globais, especialmente diante do aumento da dívida pública, que subiu para 63,3% do PIB regional em 2023.
O FMI também revisou suas projeções, reduzindo a expectativa para o Brasil em 2025 e 2026 para 2%, abaixo das estimativas do governo. Analistas apontam que, embora a produção agrícola ainda sustente a economia, a combinação de inflação elevada e juros altos deve levar a uma desaceleração gradual. O comércio exterior e o investimento direto são vistos como essenciais para retomar o crescimento, com oportunidades no near-shoring e na diversificação de exportações.