O Banco Master, recentemente vendido ao Banco de Brasília (BRB), contratou a esposa de um ministro do Supremo Tribunal Federal para representá-lo judicialmente, conforme revelado por reportagem. O negócio entre as instituições já era alvo de questionamentos devido às incertezas sobre a sustentabilidade do Master e ao fato de o BRB ser um banco público. A contratação reforça a percepção de que o Master busca estreitar laços com figuras de influência política.
A atuação da advogada, que trabalha em um escritório familiar, foi descrita como limitada a poucos processos envolvendo o banco. Dados indicam que ela atua principalmente em casos de recuperação judicial e falência. Enquanto isso, o ministro em questão já participou de eventos patrocinados pelo Master, incluindo um fórum jurídico em Londres e um jantar em Nova York, ambos com apoio da instituição financeira.
Além disso, o Master mantém outras conexões políticas, como a formação de um comitê executivo com ex-presidentes do Banco Central e a contratação de um ex-ministro da Fazenda como consultor. A instituição também tem ligações indiretas com figuras do governo anterior, como uma ex-ministra casada com um dos sócios do fundador do banco. As informações destacam a rede de relacionamentos que cerca o Master em meio às discussões sobre sua venda ao BRB.