O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, evitou posicionar-se diretamente sobre a PEC 65, que propõe autonomia financeira e orçamentária para a autarquia. Durante audiência no Senado, ele destacou que há consenso sobre a necessidade de modernizar a estrutura do BC, mas admitiu divergências internas quanto ao regime trabalhista dos servidores, que poderia migrar para o modelo celetista. A proposta, atualmente parada na CCJ, enfrenta resistência do governo federal, que já manobrou para barrar sua votação.
Enquanto isso, Galípolo tem dialogado com líderes partidários no Senado para avançar na discussão sobre a autonomia do BC. O tema divide até mesmo os servidores da instituição: sindicatos como o Sinal se manifestaram contra a PEC 65 durante a audiência, enquanto a ANBCB apoiou a proposta. A polarização foi evidente, com grupos usando camisetas e adesivos para marcar posições opostas.
O presidente do BC reforçou a importância de evitar divisões internas e buscar um caminho que equilibre modernização e estabilidade. A PEC 65 segue em análise, sem previsão de votação, enquanto o debate sobre a autonomia do BC continua a mobilizar diferentes setores da instituição e do Congresso.