A Baía de Guanabara, um dos cartões-postais mais icônicos do Rio de Janeiro, é um cenário de contrastes: sua beleza natural convive com graves problemas ambientais. A poluição, o descarte de metais pesados e a pesca ilegal ameaçam espécies emblemáticas, como os botos-cinza, cuja população diminuiu drasticamente nas últimas décadas. Tartarugas-verdes também sofrem com o impacto da degradação, enquanto manguezais, vitais para o ecossistema, estão sendo destruídos, afetando diretamente a biodiversidade e as comunidades locais.
A situação prejudica não apenas a vida marinha, mas também os moradores que dependem da baía para sobreviver. Catadores de caranguejos relatam a escassez do crustáceo devido à contaminação das águas, comprometendo seu sustento e o futuro da espécie. Apesar dos desafios, há esforços de preservação, como o monitoramento por drones e câmeras subaquáticas, além de iniciativas que buscam conscientizar sobre a importância da conservação.
Apesar do cenário preocupante, a resiliência da natureza e das comunidades locais oferece esperança. Especialistas afirmam que a regeneração é possível, mas exigirá ações urgentes e coordenadas. Enquanto isso, a baía segue inspirando artistas e mobilizando projetos de pesquisa, mostrando que sua recuperação é essencial não apenas para o meio ambiente, mas para a identidade e economia do Rio de Janeiro.