As ações da Azul (AZUL4) tiveram uma queda acentuada de 24,84% na Bolsa brasileira, fechando a R$ 2,36, após a companhia confirmar a emissão de 464 milhões de novas ações preferenciais ao preço de R$ 3,58 cada, totalizando R$ 1,66 bilhão. A oferta, que incluiu um adicional de 3% para atender à demanda, também concedeu bônus de subscrição aos investidores. Com isso, o capital social da empresa foi reajustado para R$ 7,13 bilhões, dividido em ações ordinárias e preferenciais.
A operação faz parte da reestruturação financeira da Azul, visando melhorar sua liquidez e equitizar parte de suas dívidas, incluindo notas com vencimento em 2029 e 2030. No entanto, analistas da Genial Investimentos avaliaram que o resultado ficou abaixo das expectativas, especialmente pela falta de captação de cerca de US$ 200 milhões em capital novo, o que levanta dúvidas sobre a conclusão do processo. A oferta foi coordenada por grandes bancos, como UBS BB, BTG Pactual e Citi.
Enquanto isso, o Ibovespa atingiu seu maior patamar desde setembro de 2024, subindo 1,79%, e o dólar continuou em queda, ficando abaixo de R$ 5,70. O mercado segue atento aos desdobramentos da reestruturação da Azul, que ainda enfrenta desafios para consolidar sua recuperação financeira.