O modesto time italiano Avellino garantiu o acesso à Série B dois dias antes da morte do papa Francisco, repetindo um padrão curioso que dura quase sete décadas. Desde 1958, sempre que há uma mudança no comando da Igreja Católica, o clube é promovido de divisão. A vitória por 2 a 1 sobre o Sorrento, no último sábado (19), selou o primeiro lugar na Série C, enquanto o anúncio do falecimento do pontífice veio na segunda-feira (21), reforçando a coincidência que os torcedores atribuem ao destino.
A tradição começou em 1958, com a morte do papa Pio XII, quando o Avellino subiu para a Série C. O caso mais emblemático ocorreu em 1978, ano de três papas, quando o time alcançou a Série A e lá permaneceu por dez anos. O fenômeno se repetiu em 2005, com João Paulo II, e em 2013, com a renúncia de Bento XVI, sempre marcando ascensões do clube. Agora, em 2025, a narrativa ganha novo capítulo, alimentando a superstição entre os fãs.
Fundado em 1912, o Avellino viveu seu auge nas décadas de 1970 e 1980, mas enfrentou crises financeiras nos anos seguintes. O recente acesso, em meio a mais uma transição no Vaticano, reacende a esperança da torcida e a fascinação por um dos simbolismos mais intrigantes do futebol. Enquanto o conclave se prepara para eleger o novo papa, os adeptos do clube veem nessa coincidência um sinal de bênção divina.
