O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta sexta-feira (11) os resultados da avaliação de qualidade de mais de 300 cursos de medicina no país, sendo que apenas seis alcançaram a nota máxima, 5, no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O indicador, que varia de 1 a 5, considera o desempenho dos alunos no Enade, a qualificação dos professores, a infraestrutura das instituições e a percepção dos estudantes. Entre os 309 cursos avaliados, 24 receberam notas 1 ou 2, consideradas insatisfatórias, enquanto na engenharia civil, nenhum curso obteve a pior nota, mas apenas 38 atingiram a excelência.
A avaliação também abrangeu cursos à distância (EaD), com apenas seis de 692 alcançando a nota máxima. O doutor em psicologia Afonso Celso Galvão destacou que a quantidade reduzida de cursos com nota 5 reflete a carência de excelência no ensino superior brasileiro, apontando a necessidade de políticas mais eficientes de avaliação e controle de qualidade pelo MEC. Cursos com notas baixas são visitados pelo Inep e têm prazo para melhorar, sob risco de serem extintos se mantiverem desempenho insuficiente.
O levantamento ainda mostrou que, em 2023, quase 10 mil cursos foram avaliados nas áreas de saúde, engenharias, arquitetura e tecnologia. Os resultados reforçam desafios persistentes na educação superior, como a necessidade de investimentos em infraestrutura, formação docente e métodos de ensino. A divulgação anual do CPC serve como um termômetro para instituições públicas e privadas, pressionando por melhorias contínuas na qualidade da formação profissional no Brasil.