Um recente furto de armas e drogas do cofre de uma delegacia em Sorocaba (SP) reacendeu o debate sobre segurança e a eficácia do sistema penal brasileiro. O caso, envolvendo um indivíduo com extensa ficha criminal e condenações anteriores, ilustra a preocupação de moradores com a reincidência de crimes e a percepção de impunidade. Autoridades destacaram que o suspeito cumpria pena em regime aberto, levantando questões sobre a análise criteriosa de benefícios penais e a necessidade de modernização das leis para lidar com a criminalidade atual.
Além do caso específico, moradores relatam um aumento nos furtos na cidade, com registros 14% maiores no início deste ano em comparação ao mesmo período de 2023. A sensação de insegurança é agravada pela lentidão em processos judiciais e pela falta de punição efetiva, como no caso de um acidente fatal causado por um motorista embriagado que ainda não foi ouvido pela Justiça. Comerciantes e residentes adotam medidas de autoproteção, como câmeras e grupos de vigilância, mas continuam a se sentir vulneráveis.
Especialistas apontam que a Lei de Execução Penal, criada em 1984, não foi adaptada para lidar com a realidade atual, marcada por organizações criminosas e crimes reincidentes. A progressão de regime, que permite a transição para penas mais brandas, muitas vezes é concedida sem uma análise aprofundada do histórico do preso, segundo críticas de juristas. A falta de modernização do sistema e a descrença na Justiça reforçam o ciclo de insegurança, deixando vítimas e sociedade em alerta constante.