A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Acre marcou a audiência de instrução para o dia 12 de maio, no caso envolvendo o assassinato de uma mulher de 33 anos, ocorrido em outubro do ano passado. O réu, que se entregou à polícia dias após o crime, responde por homicídio qualificado como feminicídio, com agravantes como a presença de descendente e descumprimento de medida protetiva. A Justiça já negou pedidos da defesa, incluindo a solicitação de gratuidade na assistência jurídica e a exclusão da agravante relacionada à filha da vítima, que testemunhou o crime.
O magistrado responsável pelo caso destacou que há indícios suficientes para manter a prisão do acusado, rejeitando argumentos como a suposta responsabilidade financeira pela criança. O crime, cometido em via pública, foi registrado após a vítima ter se separado do réu, que já havia sido alvo de medida protetiva por históricos de violência. Testemunhas, incluindo familiares, relataram que a agressão ocorreu quando a mulher voltava de uma visita, sendo atacada pelas costas com múltiplos golpes.
O caso reforça a discussão sobre violência doméstica no estado, onde sete feminicídios já foram registrados em 2024. Autoridades locais reforçam a importância de denúncias e destacam canais de atendimento especializados, como a Delegacia da Mulher e o Disque 100. A audiência de instrução, que ouvirá testemunhas e partes envolvidas, representa um passo crucial no processo, que segue sob análise do Ministério Público e do Poder Judiciário.