A atriz Regina Duarte, que ocupou a Secretaria da Cultura por três meses durante o governo anterior, falou sobre sua experiência na política, descrevendo-a como intensa e enriquecedora, apesar dos desafios. Em entrevista, ela admitiu não estar totalmente preparada para o cargo e usou a palavra “defenestrada” para resumir sua saída, mas afirmou não se arrepender da decisão. Duarte destacou que o convite para integrar a administração federal foi “irresistível” e comparou a experiência a explorar os “subterrâneos de Brasília”, algo que sempre a interessou como artista.
A atriz também revelou que enfrentou resistência de familiares e da comunidade artística devido ao seu alinhamento político, o que a deixou “no limbo” por um tempo. Ela contou que tentou retomar o teatro, mas encontrou obstáculos, e acabou se dedicando a um novo interesse: a botânica. Após deixar o governo, foi convidada para dirigir a Cinemateca Brasileira, mas o cargo não se concretizou devido a mudanças na gestão da instituição.
Atualmente, Duarte prepara seu retorno à televisão após três anos sem contrato, participando de uma programação especial em comemoração aos 60 anos de uma emissora. Em recente aparição, ela reafirmou que não se arrepende de suas escolhas e acredita que a sociedade já está mais aberta a aceitar opiniões divergentes. Sua trajetória recente reflete tanto os desafios de transitar entre arte e política quanto a busca por novos caminhos pessoais e profissionais.