A atriz Regina Duarte, que ocupou a Secretaria da Cultura por três meses durante o governo anterior, falou sobre sua experiência na política, descrevendo-a como intensa e enriquecedora, apesar dos desafios. Em entrevista, ela admitiu não estar totalmente preparada para o cargo e usou a palavra “defenestrada” para resumir sua saída. Apesar disso, afirmou não se arrepender da decisão, destacando que a vivência a ajudou a crescer pessoalmente. O convite para integrar o governo, segundo ela, foi “irresistível” por permitir explorar os bastidores do poder.
A atriz também revelou enfrentar resistências em sua vida pessoal e profissional devido à sua escolha política. Familiares e colegas da comunidade artística demonstraram preocupação ou rejeição, levando-a a um período de isolamento na carreira. Duarte mencionou dificuldades em retomar projetos teatrais e como isso a levou a se dedicar a novos interesses, como a botânica. Sua saída do governo a aproximou de outro projeto cultural, a Cinemateca Brasileira, que não se concretizou devido a mudanças administrativas.
Atualmente, a atriz prepara seu retorno à televisão após três anos afastada, participando de uma programação especial. Em recente aparição, ela reforçou que não se arrepende de suas decisões e acredita que a sociedade já está mais aberta a aceitar escolhas individuais. Sua trajetória recente reflete tanto os desafios de transitar entre arte e política quanto a busca por reinvenção profissional.