Um ato realizado na Avenida Paulista neste domingo (06), que reuniu cerca de 45 mil pessoas, reforçou a intenção de grupos políticos de influenciar o cenário eleitoral em 2026. O evento, que defendia a anistia para envolvidos nos episódios de 8 de janeiro, também serviu para tensionar relações dentro do Congresso, especialmente com a Câmara dos Deputados. Críticas indiretas ao presidente da Casa foram vocalizadas, indicando um possível afastamento entre aliados e o chamado Centrão, o que pode impactar futuras articulações legislativas.
Apesar do público abaixo do esperado, o ato reuniu potenciais candidatos de direita para as próximas eleições, incluindo governadores e lideranças partidárias. O evento também marcou uma aparente reconciliação entre figuras próximas ao ex-presidente, embora sem grandes novidades em termos de discurso. A defesa da anistia foi o tema central, mas a baixa adesão popular sugere que o assunto não mobiliza amplamente a população.
Enquanto isso, a estratégia de pressionar o Congresso por meio de obstruções e discursos públicos revela riscos, como o desgaste político e o isolamento de partidos aliados. O ato reforçou a retórica de confronto com o establishment, reminiscente de campanhas passadas, mas sem alcançar o impacto esperado em termos de mobilização. O cenário indica que os próximos meses serão decisivos para consolidar ou fragmentar alianças em vista de 2026.