Apoiadores do ex-presidente se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (6), para pedir anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro em Brasília. O protesto, convocado pelo ex-mandatário, concentrou-se na defesa de um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que busca perdoar penalidades aplicadas a participantes dos atos antidemocráticos. Durante o evento, manifestantes fizeram referência a uma cabeleireira presa por vandalismo e participação nos ataques, enquanto o ex-presidente afirmou acreditar que teria sido preso se estivesse no país na época.
O ato contou com a presença de governadores de vários estados, além de parlamentares e outras autoridades. O ex-presidente, atualmente inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, também mencionou a ausência de um de seus filhos, que se mudou para os Estados Unidos alegando perseguição política. Em seu discurso, ele expressou esperança de que “algo venha de fora” para ajudar sua causa.
Enquanto isso, a Procuradoria-Geral da República mantém acusações contra o ex-presidente e outros réus por tentativa de golpe, após decisão unânime do STF. O processo penal em curso pode resultar em condenações, incluindo prisão. O debate sobre a anistia divide opiniões, com juristas e comissões criticando a medida por deturpar o conceito de perdão legal.