Um estudante da Universidade de Columbia e líder dos protestos pró-palestinos nos Estados Unidos pode ser deportado após uma decisão judicial nesta sexta-feira (11). O governo alega que suas atividades representam uma ameaça à segurança nacional, enquanto defensores dos direitos civis argumentam que a medida viola a liberdade de expressão. O ativista, que possui residência legal permanente no país e é casado com uma cidadã americana, foi detido em março e transferido para a Louisiana, desencadeando uma batalha legal e novos protestos.
O juiz responsável afirmou que o governo cumpriu sua obrigação de justificar a deportação, mas os advogados do estudante denunciam falhas no devido processo legal. Eles têm até 23 de abril para solicitar uma dispensa, adiando a deportação por enquanto. Em carta ao tribunal, autoridades mencionaram supostos protestos antissemitas ligados ao ativista, sem citar crimes específicos, o que levantou críticas sobre a motivação política da ação.
A caso tem sido visto como um teste para os limites do poder executivo e a liberdade de expressão nos EUA, com dezenas de advogados de alto perfil se envolvendo na defesa. Acadêmicos alertam para um cenário sem precedentes na relação entre o governo e as universidades, classificando a situação como uma crise na democracia americana. Enquanto isso, a deportação do estudante ainda não foi agendada, e o debate sobre repressão a dissidências continua a crescer.