Astrônomos identificaram um par de estrelas anãs brancas extremamente densas orbitando uma à outra em um sistema binário, a aproximadamente 160 anos-luz da Terra. Com massas combinadas maiores do que qualquer outro binário conhecido, essas estrelas são remanescentes compactos de estrelas que já foram três a quatro vezes mais massivas que o Sol. Sua proximidade é tão grande que completam uma órbita a cada 14 horas, estando 25 vezes mais próximas entre si do que Mercúrio está do Sol.
O sistema está destinado a uma colisão catastrófica em um futuro distante, estimado em 22,6 bilhões de anos. Quando a anã branca mais massiva começar a extrair material da companheira, isso desencadeará uma série de explosões termonucleares em camadas sucessivas, resultando em uma supernova do tipo 1a com quatro detonações consecutivas. Esse evento, embora extremamente raro, iluminará a galáxia com um brilho dez vezes maior que o da Lua no céu noturno, se a Terra ainda existir naquela época.
Esta é a primeira vez que um sistema binário de anãs brancas com essas características é detectado, oferecendo insights valiosos sobre a evolução estelar e eventos cósmicos violentos. Se as estrelas estivessem mais distantes, poderiam coexistir indefinidamente, mas sua órbita apertada as condena a um fim espetacular. A descoberta, publicada na revista Nature Astronomy, foi possível graças a dados coletados por quatro telescópios terrestres.