A Associação Americana de Juristas (AAJ) denunciou violações de direitos humanos na detenção e transferência forçada de 252 imigrantes venezuelanos para uma prisão de segurança máxima em El Salvador. Segundo a organização, os atos configuram crimes contra a humanidade, incluindo deportação ilegal, prisão sem devido processo legal e perseguição política. A AAJ destacou que as ações violaram normas constitucionais dos EUA e tratados internacionais, além de ocultar informações sobre as condições dos detidos.
O caso envolve a aplicação de uma lei de 1798, normalmente usada em tempos de guerra, para deportar os imigrantes sem julgamento. Famílias dos venezuelanos afirmam que muitos foram associados a uma organização criminosa apenas por terem tatuagens. O governo da Venezuela pediu intervenção da ONU, enquanto autoridades de El Salvador sugeriram trocar os detidos por supostos presos políticos, proposta rejeitada por Caracas.
A AAJ comparou a situação a campos de concentração e alertou para o risco de tráfico de pessoas na região. Enquanto isso, autoridades envolvidas defendem suas ações, alegando combate ao crime organizado e respeito aos direitos humanos. O caso continua sob escrutínio de organizações internacionais, que cobram transparência e justiça para os imigrantes.