O edifício Guinza, localizado em Maringá, no norte do Paraná, chama a atenção há 15 anos por suas janelas desniveladas. Das 48 quitinetes, 16 possuem janelas tortas, um detalhe arquitetônico criado para quebrar a monotonia da fachada. Projetado pelo arquiteto Roberto Estevam, o prédio inicialmente tinha peitoris inclinados que, posteriormente, foram fechados com vidro e transformados em janelas. A peculiaridade não afasta moradores—pelo contrário, muitos são atraídos pela curiosidade de viver em um espaço tão incomum.
A síndica do condomínio, Valéria Grossi, relata que a ocupação do prédio é quase total e que muitos moradores só percebem as janelas tortas ao se mudarem. Apesar do visual inusitado, os residentes adaptam-se facilmente, embora detalhes como a instalação de cortinas exijam soluções criativas. O edifício já se tornou um ponto turístico, com curiosos frequentemente fotografando a fachada e visitantes querendo conhecer o interior dos apartamentos. Há até planos para revitalizar o prédio, destacando ainda mais as janelas com grafismos.
Higor Ribeiro da Costa, professor de arquitetura e morador do Guinza, conta que se apaixonou pelo prédio à primeira vista. Ele destaca que, apesar do design irregular, as janelas não causam desconforto e valoriza a distribuição inteligente dos espaços internos. Para ele, o edifício é um exemplo de como a arquitetura pode ser funcional e ao mesmo tempo desafiar convenções, tornando-se um marco na cidade.