Um arquiteto de 38 anos foi morto a tiros na última terça-feira (1º) no bairro do Butantã, em São Paulo, após tentar impedir um assalto. Ele avistou dois homens em uma motocicleta roubando uma mulher e reagiu, colidindo seu carro contra a moto dos criminosos. Ao descer do veículo para detê-los, foi atingido por três disparos, um deles nas costas, e morreu no hospital. Os suspeitos fugiram, mas um deles foi identificado e se entregou à polícia nesta sexta-feira (4).
O caso ganhou repercussão após revelar que um dos envolvidos no crime havia sido beneficiado por um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2023. A decisão considerou ilegal a busca pessoal que o levou à prisão anteriormente, por falta de “fundada suspeita”. O episódio reacende debates sobre os efeitos de decisões judiciais que anulam provas obtidas de forma irregular e como isso pode impactar a segurança pública.
A polícia investiga o homicídio como latrocínio (roubo seguido de morte) e busca o segundo suspeito, que continua foragido. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) está encarregado do caso, enquanto autoridades discutem possíveis melhorias nas práticas policiais para evitar falhas processuais que possam comprometer investigações futuras.